Quando eu era pequenino
(Ainda mal abria os olhos...)


Quando eu era pequenino tinha uma imaginação bastante elevada que não conseguia conter.

Nos tempos livres dos meus 10 anos pensava o que estariam fazendo outras pessoas da TV que me ocupavam nos tempos de criança, quando a televisão era minha companheira. O que raio estaria acontecendo na vida daquelas pessoas quando eu nada fazia.

E ocorriam-me ao pensamento as situações mais profanas.

Cheguei, no início da minha adolescência, a associar várias personagens, o Batatinha com a Ana Malhoa a copular com gritos de 'E a seguir vem o Ó, Ó Ó Ó',
algo semelhante, e sentia-me ridículo ao fazê-lo, tinha essa noção.

Mas fazia-o no meu estado inocente, de miúdo, só por graça.
Era um passatempo quando me encontrava sozinho.

À medida que ia crescendo, em meados da puberdade, as minhas dúvidas tomaram rumo.
Até hoje, após ver um documentário no canal Odisseia, de ter crescido com comentários de superioridade de colegas ou amigos e de receber, uma ou outra vez, mas em demasia, graçolas via e-mail ou sms, adquiri a sensação de que a palavra 'Pénis' é deveras incomodativa.

Recentemente, estabeleci uma política que penso estar de acordo com este tão satirizado órgão masculino. A política dos 3 S!

Seleccionar: apontar demonstra o carácter objectivo do homem.
Sacudir: a higiene pessoal nunca é esquecida.
Salvaguardar: proteger do alcance das crianças.

Enfim, pensamentos de outrora.


Até mais ver.

OT

Intervalo

Sentei-me ao comprido no sofá da sala.
Mirei minhas pernas.

Quão esticadas estavam.
Quão grandes eram.

O que fiz da vida até aí?
A eterna odiosa questão.

Querido diário,

os meus braços estão tão compridos,

arranja-me uns braços novos,
daqueles que tinha em criança
e não chegavam ao cimo.



Para crescer novamente
com a noção
de que estou vivo!

OT

2009-03-21

Orgasmo com Sara Tavares
('Le Croissant' da Irmã Eunice)


Sempre me questionei se será possível obter alguma reacção de índole sexual através da comida.
Por exemplo, ao comer um Mon Chéri, só disponíveis em Dezembro:

'OH SI SI, OH SI, SO MAS UN POUQUITO, HO,
MAS QUE CHÉRI TON GUSTOSO!'
E seria o protagonista de um orgasmo alimentar.

Cá na zona, trabalha Eunice Tavares, irmã da cantora Sara Tavares, segundo me informaram.
A filha de Eunice é Jéssica, membro das 'Mini-Doce', a rapariga negra.

Ou castanha.
Tanto faz.
Por vezes confundo.
Os croissants de S'o Dona Eunice são de alta qualidade.
Ok, faz-se a massa e tal e enfiasse lá chocolate.
Mas, ao trincar, nota-se um gosto algo peculiar.

Talvez tenha mais chocolate que os restantes croissants.
Ou talvez não.
Só sei que, ao comê-los com leitinho ao acordar, as minha pupilas gustativas exaltam-se, a parte interior da minha bochecha esquerda pula para cima da parte interior da minha bochecha direita e a língua copula com o céu da boca!
É deveras delicioso.

Deleito-me ouvindo cantar Sara Tavares.
Regozijo-me comendo os croissants de Dona Eunice.
Não me atrevo a conciliar os dois prazeres.

Ainda sou alvo de um orgasmo universal e rebento tal homem bomba.


Até mais ver.

OT
Para apreciadores de Cúmulos:



Perg: Qual o cúmulo do cúmulo???



Resp: Por mais que se lave terá sempre um cú no nome!

by
otario

Nota: o blog vai ser formatado, daqui a algumas semanas irá surgir num novo formato.
Cá o Otário pede opiniões e sugestões aos visitantes do blog, merci beaucoup!
Recebi informações de que o blog se tornou um pouco pesado, ao iniciar, ireitentar remendar esse ligeiro problema.
À hérnia da minha irmã
(sem querer ofender as hérnias)
Seria, de todo, deveras maldoso da minha parte não publicar qualquer artigo sobre a mulher, esse ser de glândulas mamárias firmes e nádegas salientes, tão bem moldada pelo aclamado Adão, que Deus o tenha em descanso.

À hérnia da minha irmã, uma chaga de primeira (um bocadinho, vá lá...), à minha mãe, que agradeço me ter parido, a todas as mulheres, desejo um Feliz e atrasado Dia da Mulher!

E obrigado ao Adão, uma vez mais, por ter doado a costela que permitiu a construção de tamanho monumento.

Claro que, tal como uma caixa de queques, sempre há algum que não sai tão bem, Mas, pelos queques bons, há que que reconhecer Adão.
Vocês, mulheres, suas ingratas, deveriam reivindicar o Dia Internacional do Adão!

Deus deverá estar, neste momento, a ler este texto, comendo pipocas, dando uma palmada no ombro de Adão, dizendo : 'Vês, meu filho, por essas e por outras é que não caí na tentação.'

E sempre terá razão, Adão nunca foi congratulado. Penso que me daria bem com ele, tão nobre.

Bem, mulheres da minha vida, só peço que não deixem crescer o bigode e não se vistam em demasia porque... sempre se podem constipar.

E Feliz Dia da Mulher!

Até mais ver,
Otário.
Reflexão Reflexiva
(Goucha: o Tony Carreira dos homens)


Ora, participando na inauguração da exposição do 'artista' do meu pai (uma das vantagens de se ter um pai artista plástico é o sentido do adjectivo 'artista' ser utilizado com ironia. E não se notar.), reparei que, um seu colega, teria acrescentado na folha de apresentação que fora entrevistado, imagine-se, por Manuel Luís Goucha na Praça da Alegria.

E a Praça da Alegria é um daqueles programas a que se pode associar à célebre expressão 'Ai... eu ainda sou do tempo!'.
É mais velho que o Titanic
Quanto mais com o Goucha como apresentador.
E o Titanic e o Goucha já são velhos há bastante tempo!

Assim sendo, achei um tanto, vá lá... qual é aquela palavra que caracteriza uma coisa interessante, mas imprórpia para o momento?
Hum... ah, sim!
Parvo.
Achei um tanto parvo, porque, mesmo tendo sido a entrevista referente à obra de arte do artista (ironia), o certo é que já lá vão uns belos 15 anitos, por aí...
E se o dito artista (ironia) colocou expostos essas mesmas obras, hoje, não deverá ter evoluído muito de 1 quarto de século para cá.

O que é chato.

Ou será que o dito artista tem um fraquinho pelo Senhor Manuel Luís?
É que já li por aí que o Goucha anda para aí virado...

É dar-lhe uma apitadela.

Até mais ver,
Otário.
Otário aprova casamento Gay!
(conforme padrões concretamente estipulados e 'estipuladamente' concretos)

(imagem pertencente ao administrador do blog)

Antes de mais, quero aqui deixar claro que aprecio Gajas, embora não seja relevante a esta rubrica. Gajas Boas.

Relativamente ao compromisso homossexual, sou da opinião de que este deveria ser legalizado. Inicialmente, seja como for, esta união entre pessoas do mesmos sexo, irá sempre acontecer. O casamento viria, decerto e apenas, tentar diminuir preconceitos e igualar direitos e regalias perante o casamento heterossexual.

De outro modo, sou contra a adopção nestes termos.
O par homossexual deveria ser coibido de adoptar.

Mas aqui, claro está, é algo bastante controverso; seria tanto injusto como perturbador uma criança nascer e passar a sua infância com '2 pais' ou 'duas mães', convivendo com os seus amigos e se aperceber, por terceiros, na sua cabeça pequena, o que se sucede.

E as crianças que necessitam de afecto, de melhores condições de vida?
As crianças que nascem sem os seus progenitores?
As crianças que, em muitos casos, abandonadas por pais alcoólicos, sem condições económicas e/ou mentais de sustentar um filho, instrução ou modos.

Duas opções surgem à tona:

Educam-se estas pessoas, excluídos da sociedade, a se inserirem, a saber conviver, a aprender a socializar, a criar laços de afecto. Boa solução, mas a falta de meios e gastos à ocorrência dificultam a operação, tal qual a dificuldade e suposta não aderência dessas pessoas à situação. Seria algo que teria de partir do interior de cada um, e não do exterior.

A segunda opção seria a legalização da adopção homossexual. Aqui, as crianças deveriam ser, desde uma tenra idade, seguidas por uma psicóloga durante um longo período de tempo ou por um membro, do sexo contrário aos pais, que se disponibilizasse a partilhar a sua vida com a família. Contudo, seria necessária uma capacidade económica sustentável. Penso ser, esta solução, mais provável que a anterior.

A união Gay não deveria ser um assunto tabu.
A sociedade apresenta opiniões unânimes quanto ao caso, opiniões vindas de terceiros, opiniões de pessoas, muitas vezes, ignorantes ou incultas. Todos nós, seres humanos, apresentamos pontos fracos e fortes, todos apresentamos lacunas, distúrbios ou tormentas passageiras ou não.
Ninguém é perfeito.

Quem caracteriza esta união tendo como base uma única imagem ou caso deveria ter em mente que, apesar de tudo, o homossexual também é humano. E merece respeito.

Até mais ver,
Otário.