Diz que é uma espécie de rubrica
(I, me and myself)
-III-

Alguém
1 Ainda bem que as pessoas são todas diferentes e não têm gostos iguais...
Alguém 2 Sim... se se desse o contrário, pensariamos e agiririamos do mesmo modo: na prática, eu seria tu e tu serias eu.
Alguém 1 Pois... e só nos destinguiriamos pelo nome.
Alguém 2 Pois.
Alguém 1 Pois.
Alguém 2 E pela beleza.
Alguém 1 Pois.
Alguém 2 Tu serias 'o feio'.
Alguém 1 O quê!?
Alguém 2 nada, nada...

Alguém 1 Estás a pensar no mesmo que eu?
Alguém 2 Ãh... ãh... diospiros?!
Alguém 1 Não porra, a festa do tetra do FCP!
Alguém 2 Sim, o que tem?
Alguém 1 Se os jogadores fossem todos como o Raúl Meireles, ninguém pintava o cabelo.
Alguém 2 Que usassem peruca...
Alguém 1 Oh... mas depois suavam da cabeça...
Alguém 2 E eu com isso... a cabeça não é minha...

Era uma vez um menino que estava na rua e encontrou
o pinóquio e o pinóquio diz para o menino:
- Porque é que tens o balão no nariz?
E o menino diz:
- Foi assim: eu estava na cama a dormir e a
minha mãe colou-me o balão no nariz.

(este texto foi feito cá pelo Otário lá pelos seus 6/7 anos
e, supostamente, deveria ser uma anetoda. Well...
não tem lá muita piada... ah, o Pinóquio...
ah.. ah... não, ainda não percebi...)

OT

Amílcar d' Almeida
(maldição testicular)
Imagem retirada daqui!

09/09/1969, Amílcar d' Almeida nascia, com pénis na cara, maldição lançada por um inimigo do seu avô, já o seu pai tinha nascido com os ouvidos no rabo e não deixava de usar calções de banho nas suas raras idas à praia e não deixava de se envergonhar pelo som ensurdecedor nas suas idas ao WC.


Diz, quem o conhece, que Amílcar é a encarnação do mal, que a explicação se encontra na simbologia dos números e diz, quem não o conhece, que Amílcar tem relações homosexuais com o Diabo. E diz, quem lhe quer mal, que o Diabo é travesti e usa saias e Amílcar tem gostos pouco peculiares. E dizem todos que Amílcar d' Almeida é um nome extremamente estúpido e de difícil pronunciação se repetido num período de longa duração; e que os pais eram demá ralé e pouco se importavam com o rebento. E todos, de uma maneira ou de outra, o consideram satânico, talvez pelo seu olhar escuro e tenebroso, protagonizado por uma sombra, é difícil viver quando uma simples festa no rosto conduz a uma ereção.

E chora quando rejeitado nas entrevistas de emprego, recusando-se a mudar de nome ou fazer uma cirurgia plástica, soluções eventualmente apontadas.
E receia a mudança das estações e uma eventual constipação.

E sonha encontrar o amor da sua vida,
renovar a sua desastrosa vida amorosa:
uma mulher com vagina no rosto que, no caso de querer
ter filhos, não o obrigue a assistir ao horripilante nascimento.


OT
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E agora, respondendo ao desafio de Ritinha,

Regras:
1. Publicar a imagem do selo e linkar o blogue que passou;

http://asetadocupido.blogspot.com/


2. Escolher 5 situações na tua vida que mereciam ser repetidas em câmara-lenta;
Situações:
* nono ano... foi deveras espectacular. Tirando os 1º's exames :)
* a 1ª vez que provei diospiros
* a 2ª vez que provei diospiros
* todas as passagens pelo Algarve nas férias
* conhecimento de Nascimento
E a 3ª vez que provei diospiros...

well... cá o Otário repassa este prémio a ti, que me lês, porque és muito boa pessoa!
E o Otário gosta de pessoas boas!!!
O Homem sem anûs
(cu cu cu)

Era uma vez um homem que nasceu sem anûs.
O seu recto era liso como uma tábua de engomar.
E caía para trás se se tentasse sentar, porque não tinha apoio.

Quando foi pequeno não pôde andar em escorregas nem brincar em baloiços.
Se dormisse deitado, acordava de tal forma erecto que ficava uma semana sem se conseguir levantar. E na prática de relações sexuais não era, de todo, aconselhável ficar por baixo.

À medida que crescia, tornava-se cada vez mais complicada a sua vida: a roupa interior deixara de lhe assentar, pelo que começou a deixar de usá-la. Ao passar na rua o vento soprava-lhe ao de leve, e bastava uma leve brisa para as pessoas que lhe passavam notarem a sua calça sem fincos, perfeitamente engomada e fugirem do senhor nascido sem anûs, duvidando se seria portador de qualquer doença não, contudo, deixarem de o considerar deveras sexy, tal era a sua suposta assiduidade.

Não podia ouvir falar de cozido, de cozer e coser, de cozedura, de cozinha, de cozinhado, de cozinheiros, de comer, de comida, de culinária, de coelho, de coração, de comitivas, de corridas e colissões, de cucos, de brancos e escuras, de ricos e bancos, de acordâncias, de comandos, de curas e curativos, de cuidados, de cunhas, de culpados e culpas, de circo, de curiosidades e cusquices, de comentários, de acolher e acolhimento, de cuspidelas, de cercos, de ocorrer, de codornizes e cordeiros, de curdos, de escudos, do oculto, de ecologia e ecológico, de colegas, de acomular, de copular, de colunas e acústica, de coreanos, de cotovias, de cornetas, de curtas, de coronéis e corporações, de correcções, de correntes, de colecções, de cortinados e cortinas, de cortiça, de cursos, da cunhada, de currículos, de curvas, de escorbuto, de muco e cuspo, de cotovelos, de conexão, de quadros, de quadras e quadrados, do Equador, de quarentena, de quartas, de quandos e quais, de quases, de equações, de quartos, de quartéis, de aquíferos, do Marco Paulo e Paco Bandeira;
que se lhe vinha à memória a sua falta de cu, de traseiro, de rabo, a sua nascença sem anûs.

E entrava numa depressão profunda por se relembrar das suas dormidas em pé, tais já eram os calos que trazia nos calos dos calos dos pés.


OT
Diz que é uma espécie de Rubrica
(I, me and myself)
-II-


Alguém 1 Estou zangado comigo
Alguém 2 Ai sim!? E então porquê?
Alguém 1 No outro dia disse cá para mim: Ó TU - que sou eu -, não te esqueças de assistir aos filmes do FDS!
Alguém 2 E depois? Esqueceste-te?
Alguém 1 Não. Aprendi que não posso confiar em mim.
Alguém 2 Como assim?
Alguém 1 Gastei mal o meu tempo e acabei por não estudar.
Alguém 2 Oh... mas isso só acontece porque és parvo.
Alguém 1 Não, desculpa, parvo és tu!
Alguém 2 Não, tu é que és!
Alguém 1 Quem diz é quem é, toma, toma!
Alguém 2 Estás-te a ver ao espelho, olha... Ahhhhhhhhhhh!
Alguém 1 Vê lá se não queres ser afagado com uma festinha deveras forte... levas um açoite que até ficas a ver o sol à noite...

Alguém
2 Estás aí?
Alguém 1 Estou.
Alguém 2 Mas estás mesmo aí?
Alguém 1 Epá, estou.
Alguém 2 Não queres vir até aqui?
Alguém 1 Não.
Alguém 2 Porquê?
Alguém 1 Porque aí estás tu.
Alguém 2 Racista!!!
Alguém 1 Como posso ser racista contigo se somos ambos da mesma raça!?
Alguém 2 ... tu és da raça de estúpido.
Alguém 1 Mas isso nem sequer faz sentido!!!
Alguém 2 Ah sim? E tu, fazes sentido?

Era uma vez um sapo que namorava uma pomba.
Um dia, apareceu uma sapa nova nas redondezas e
o sapo, quando a viu, fez com ela sapinhos.
Quando a pomba descobriu, chegou-se perto do
sapo e cagou-lhe no olho e o sapo ficou cego.

Moral da história: mais vale um pombo
na mão que uma caganita a voar.

OT
coiso-do-coiso.coisot.coisom
(eu coiso, tu coisas, nós coisamos)


A técnica do 'coiso' sempre resulta como um bom início de conversa (não que a conversa seja boa, mas já lá vamos), para quebrar o gelo.

Imagine-se duas personagens.
À primeira chamemos-lhe Cutilde.
À segunda chamemos-lhe Ambrósio.
Para abreviar, serão o Cu e o Brosi.

Ora, a Cutilde e o Ambrósio encontram-se na paragem de autocarro, sem ninguém ao redor, e pensam ambos para consigo: 'Ah, carago! Agora veio-se-me aqui este magano chatear-me a mona. Ah, c'a neura... mas qu'a chatice! Lá terei eu de magicar alguma cosa, até parece mal... mas qu'hei-d'eu disser? C'a porra!' (as 2 personagens têm origens alentejanas, ora bem)

E então, eis que se achega a Cutilde ao Ambrósio e diz-lhe assim, sussurrando, como quem não quer a coisa:

Cu - Ó Ambrósio, já sabes do coiso?
(logo aqui desperta a atenção do Ambrósio)

E o Ambrósio responde:
Brosi - Qual coiso?

Cu - O coiso c'a faleceu engasgado com um amendoim na faringe!

Brosi - Na faringe? Não quererás dizer 'na traqueia'?

Cu - Ah, isso já na sei, foi no pescoço.

Brosi - No pescoço? Não terá sido na garganta? Hum...

A partir da informação relativa ao 'coiso', que por vezes nem se chega a saber quem é, iniciam um diálogo duradouro, e falam da filha da vizinha que pariu e está mais gorda, ah que a miúda é feia e o marido já não a usa, e que a mulher do rés-do-chaõ anda muito chegada ao marido da do 1º direito, e que os preços do Pingo Doce não são tão baixos assim, e que está sol.

E prontos.
É isso.

OT

Aproveito aqui para deixar os parabéns à minha irmã, porque, pelo que parece, faz hoje precisamente 14 anos que ela foi parida, de modos que é algo para celebrar. Tenho a acrescentar que, ao longo destes 14 anos em que a aturo, tenho achado a experiência deveras interessante.

E prontos! Gosto sempre de aniversários, porque há sempre um bolinho ou vários bolinhos, embora ontem tenha por cá ouvido que o jantar há-de ser peixe. E é sempre bom ter irmãos, porque, lá está, não se vai impedir um irmão de entar na ramboia do aniversário. É uma das vantagens de se ter irmãos! Parabêns pelos teus 14 anos, para o ano já posso afirmar que já tens um quarto de meio século e que estás a ficar velha. Pimbas, olarilolilas!
Tese do Ambrósio
(A América dos Americanos)


Cá para mim o Ambrósio é o Pai Natal. Sempre suspeitei.
A Senhora dos Ferreros Roché deverá viver congelada até Novembro (tipo Saw III), até que é descongelada no Natal, acordando com um desejo enorme de algo.
O Ambrósio deverá ora ser castrado, ora homossexual. Só isso justifica dar bombons à senhora quando ela se encontra com desejos.



Por vezes imagino-me a viver as séries americanas, onde o pequeno-almoço é levado à cama e questiono: 'Mas esta gente não lava os dentes?'. Que bom é acordar com leite e torradas ao colo sem ter de expelir muco, da passsagem de fluor pela saliva. E viver assim todas as manhãs sem que qualquer cárie nos surja na boca.

Se adormecer entre um imenso coqueiro, lá p'ás Américas, decerto já não me espanterei ao acordar com um coco na testa.
Ou estarei a sonhar ou fui escolhido como secundário numa série qualquer.

Ou não.
É normal cair cocos de coqueiros.
Mas duvidava.

OT
A pessoa do sexo masculino que é o Senhor.
(Ai valha-me Jesus, Ai valha-me Jesus!)


Justino Cabral Fonseca de Melo Corvo de Andrade Pacheco Faria dos Limões Machado da Silva Pereira era um homem constrangido e calado.

Desde os tempos de escola que se via alvo de insinuações face ao seu nome.
Havia quem lhe chama-se 'Limão Manchado', alusão ao seu aspecto louro e tendência a corar; outros passavam à sua beira perguntando 'Ó Cabral, como vai a Pacheca da sua mãe?' ou 'Ó Pereira, já amadureces-te?'

Em adulto, entrou-se-lhe uma melga pelo anûs acima enquanto expelia fezes do jantar anterior.
- A culpa foi das Filetes de Pescada - lamentava-se.
E nunca mais comeu peixe na vida.

Virou-se para a salada. E apaixonou-se pelos pratos de ervilhas:
ele era ervilhas na sopa, ervilhas com milho, ervilhas com puré, ervilhas com esparguete, ervilhas com arroz, ervilhas com batata, creme de ervilhas, até ervilhas com ervilhas ele comia. O seu fetiche por ervilhas tornou-se tal que se deu ao trabalho de as comer uma a uma; para as saborear bem, dizia.

Sua mãe, preocupada, chegava-se perto e informava:
- Justino, é bom que desistas desse teu fetiche por verduras e arranjes uma mulher.
Noutras ocasiões, já frustrada, gritava:
- JUSTINO! FAZ FAVOR DE PROCRIAR! ERVILHAS NÃO ME TRAZEM NETOS!

E Justino ouvia, calado.

Quando sua mãe faleceu, Justino não comeu durante dias.

Seu pai afirmava:
- Justino, tem tino. Segue em frente.

E Justino, confiando no pai, deu um passo decisivo em frente.
E pisou um enorme cócó de cão. E pensou:
'É desta! Nunca mais aceito conselhos do meu pai!'

Ao casar, o padre, antigo colega, fez troça de Justino nos votos, proferindo o seu nome completo.
A cerimónia foi suspensa por a companheira acusar
Justino de ter um nome muito comprido,
factor determinante no futuro da relação.


Assim morreu Justino,
sozinho, calado.

Já nem ouve, de morto.

OT