Andas a fumar charros de incompreensibilidade, caro João Carlos?

*
Estava o rabo da minha pessoa directamente apoiado numa das cadeiras que dão azo à sala de aula da Faculdade, e denoto que a velhice da professora a faz iniciar a sua divagação habitual sobre a vida e o estado do país, temas não expressamente mencionados no programa da disciplina que lecciona. São 15H22, a aula termina às 16H00, tenho um papel para entregar aos Serviços Sociais que encerram às 15H30, se sair daqui a passo largo sou bem capaz de lá chegar no fechar de portas e atendem-me em coisa de 3 minutos e evito filas. Saio da aula, a meio do caminho já ofegante, Deus queira que valha a pena, será de todo incomodativo chegar lá acima e dar com as portas fechadas, ora não entrego o papel ora não assisto à aula. Chego, 3 minutos, 'tá entregue, 1 Bem Haja! à senhora do balcão que parece boa moça, já que estou aqui aproveito e vou fazer um xixizinho. Faço xixi, sacudo o dito, puxo os boxers e as calças num movimento regularmente normal, aperto o cinto para não caírem, vou lavar as mãos, opá não há sabão! Ora então, neste momento, tenho eu 1 nico de sabonete líquido na mão direita que nem dá para limpar o dedo mindinho, o que faço para me lavar? Fecho a mão, saio dos Serviços, e, ao invés de ir directo ao Metro que é já ali e ir para casa, tenho de ir de novo à Faculdade que é lá ao fundo, para limpar esta já nojice da pequena nhanha de sabonete que já começa a formar espuma nesta minha mão cerrada e quente. Chego à Faculdade, dirijo-me propositadamente ao WC, lavo as mãos, enxaguo-as, e vou-me embora todo contente; para o Metro, que é já ali perto dos Serviços Sociais, mas, como estou na Faculdade, é ali ao fundo novamente. E a partir daí tudo correu normalmente, e foi assim o meu dia.

Ceci n'est pas un post

Olá,

 pessoa cujos olhos se inclinam para este conjunto de letras que formam aquela coisa a que Eugénio de Andrade se referia como 'um punhal, outras orvalho apenas', e que se chamam palavras. Tenho a dizer que não tenho rigorosamente nada a dizer, excepto o que possivelmente surgirá seguidamente ao ponto final deste presente período. Originalmente, possuía um tópico recente de discussão que, porventura, perdi o interesse em utilizar e que, por esse eventual motivo, e tomando em consideração a minha servidão face a mim, não o farei, por assim ser minha vontade. Seja, então, feita a sua vontade, tanto na Terra como no Céu, Glória a Deus, nosso pai, amén! Perdoai-me, meu senhor, por sofrer de paralisia ateísta e não crer em vós, ide pó caralhoviski, à'merde!
  *
Não me contento com absoluta e rigorosamente nada.
Sou uma espécie daqueles gatos sem pêlo, em que as pessoas se aproximam e pensam ahg, tá bem, nã tem pêlo, menos um defeito que o bicho pesa. Se eu me visse na rua iria possivelmente falar mal de mim nas minhas costas, Quero eu dizer, abre parênteses, se eu me cruzasse com outro alguém deveras semelhante a mim, iria falar mal dele atrás dele, sem segundas interpretações e salvo seja, fecha parênteses e continuando.
 

Os bebés fazem cócó e xixi na cueca e são apelidados de criaturas fofinhas, onde haja um
carrinho de criança no jardim, há sempre uma velha ao lado; a fazer caretas estúpidas,
 cutchie cutchie coiso e tal, e depois a falar do filho da filha, o neto da avô que é ela, a
dizer que ele é mais grande, só para se mostrar superior à
senhora jovem mãe que só procurava sossego num cantito de jardim para espairecer
um bocado e que agora se vê entalada numa conversa vulgar com uma velha que não
conhece e que, ainda por cima, e por baixo e por todo o lado, diz mais grande,
em vez de dizer maior. Mas as velhas são criaturas de Deus e também elas fazem cócó
na fralda. Aí fica o elo de ligação. Por mais que cheire bem, a vida é sempre uma merda.
Pimba no link (Faz click!) 

Feijoada de Nestum

Estava a pensar seriamente em pensar seriamente.
É algo que faço muito bem, planear as coisas...

Sempre que eu vejo aquelas imagens da PETA e o camandro, das sessões fotográficas a favor das vaquinhas e dos macaquitos e dos animais todos em geral, recordo-me sempre dos crentes na reencarnação e vem-me à memória o pensamento desses sujeitos, que decerto deverá ser algo relativamente mais ou menos parecido a 'Ena, c'a moça mais roliça esta... Deus queira que eu reencarne num felino fofinho abandonado à beira da estrada para sensibilizar as pessoas todas e aparecer num forrobodó de eslovacas despidas!'

Não seria para menos, ver um Fernando-Mendes-Coelho-obeso-mórbido embrulhado numa modelo-semi-anorético-bulímica, pensando, ah, menos mal, vais vale ficar com os ossos que nada, esta vida é muito melhor de quando fazia peças de teatro em que representava gordos porque não me davam mais nenhum papel... seria um autêntico pilar no aumento da taxa de mortalidade  no mundo, pelo menos, ao que aos sujeitos masculinos heterossexualmente saudáveis compete.

The Collector of Hearts

Ando muito afectado por aquela cigana que armou
tenda à minha beira e foi vender relógios a 2€ do outro
lado do rio. Mal sabia ela que o tempo é um moralismo falso. Uma invenção
do Homem. E que, por cada segundo que passa, é menos um grãozinho de
areia na destinação do seu adorado Deus. E por isso te pergunto, preta,
quando as portas te fecharem, e as janelas magicarem tijolos na
ausência do teu sopro, a quem pedirás ajuda. Àquele superior que
te vê parir a alma, ou àqueles cujos da terra dos quais te desaproximas...

Nem sabes matar-te porra!!!

Não é recente, mas dá para captar o nível de
cumplicidade que tenho com a minha irmã... (clicar na imagem)

Et Otariuns Uno

Estou sempre à espera que me dêem um chuto no rabo,
porque nem da vida estou eu atento.
E isso merece um chumbo qualquer, se Deus
realmente existe, fará com que eu morra cedo.
Ele que vá p'ró Diabo! Cá está...
... a minha desatenção ao senhor divino que bem me pode
fazer ter um ataque cardíaco perto de uma sarjeta.
Que seja, isso são balelas. Existirão razões logicamente
racionais para o meu coração parar de bater. Eu meto
o dedo no ar no cu do Senhor e ele já chumbou no
meu teste de seriedade: ele gosta.
Há motivos para eu ter fé num
panisgas que se esconde?

O cheiro da chuva - Desafio Fábrica de Letras

Com a mão que deu ao menino,
faz adeus e vai embora, como gotas
de água baldia que ao sol se evaporam.

E o jovem a fica a mirar assim,
nua e crua, ao cheiro da chuva.
Enquanto ela vai embora e o deixa na lua
tapado pelas nuvens. Nublado.

Recordação resfriada de um
apetite de prato quente.

*

Divagações 3: o suicídio do Maomé

*

Uma das coisas que me causam mais estranheza nisto a que se chama vida, que faz uma pessoa ser consciente de uma data determinada de coisas para andar para aí a especular em sola de sapatos gastos pelo tempo que se dá a esforços de ir de um lado para o outro aprender coisas ou trabalhar para aqueloutro, são os aniversários. Podem chamar-me estranho, podem chamar-me estereotipado, fascista dos padrões modernos, até me podem chamar João, embora não seja esse o meu verdadeiro nome, ou podem chamar-me fofinho, moças, que a mim não se me encaixa a comemoração de uma coisa que nem se me lembra ter ocorrido. 'TÁS EM COMA MAS 'TÁS VIVO, PARABÉNS 'TÁS M'OUVIR? Porque é isto, tipo, comemorar porque ainda cá estamos, não faz sentido, não tens sentido, não há nada! Alguma vez se viu um vampiro a dar os Parabéns a outro vampiro? Eu não vi! E porquê? Primeiro, porque para eles é normal; segundo, porque seria inapropriado. Olá, Parabéns! Então, 'tás vivo né? Grande coisa essa de estares vivo tu, isso também eu ó, olha pra mim, vês? Para nós, mortais, o caso é diferente, isto de se estar vivo não é para todos e exige um esforço enorme de se levantar às sete da matina em variadíssimas situações. Não há cá cá chupanços de sangue na goela para depois do almoço e dormir até às quinhentas. Nós temos de ter cuidados de saúde, cuidados de educação, cuidados para não ser atropelado na passadeira pelo bêbado que se enfrascou ao jantar... temos de ter uma variadíssima lista de cuidados a fazer. E isto não é para qualquer um. Eu, por exemplo, só me sinto bem quando as coisas terminam, é uma satisfação enorme, para mim, possuir a consciência que as etapas estipuladas para a realização de um certo processo se encontram realizadas e não há mais nada a fazer senão colocar os pés ao alto e ligar a TV que me corrói o cérebro aos poucos! Imagino que a melhor coisa da vida seja saber que tudo o que havia para se fazer já foi feito, e já há tempo de sobra para fazer realmente aquilo que ser quer e não se pôde na altura em que se fazia o que se fez. Porque o que realmente deve ser apetecível é aquele doce momento do suspiro final em que se sucumbe com um sentimento inigualável de a vida ter sido extensa; pois então, que se fez tudo o que não se queria fazer, que é o mesmo de esperar que termine a publicidade de 20 minutos da RTP, o que irá parecer tempo demais ao que realmente foi. Obviamente que não se quer aqui que as pessoas todas façam aquilo que elas querem fazer, senão o tempo passava depressa demais. Se isto é ironia ou não já nem sei, estou um bocado confuso. Diria Fernando Alvim, apresentador e cronista: 'Anda toda a gente atrás de uma vida. E acho legítimo, porque há quem não a tenha. Desenganem-se aqueles que pensam que basta viver para ter uma vida. Assim era fácil, nascia-se e pronto, tinha-se uma vida. Mas não é assim tão simples. Ter uma vida é uma das coisas mais complicadas que eu conheço e eu nem sequer devia estar a escrever sobre isto porque eu basicamente não a tenho. As pessoas que têm uma vida, normalmente têm tempo para tudo e eu não tenho tempo para nada. É uma questão de organização, dizem-me, e eu talvez concorde, mas não há organização que me aguente. (...) A minha vida está marcada pelas listas que eu faço desde que me conheço. (...) E ou muito me engano ou será sempre assim.' Por isso pois, se eu fosse ao Maomé, antes me sucumbir para aqui todo, que subir a montanha, à partida, já sei, que lá em cima não há nada. Mas, se me for dito a mim, que lá em cima, se encontra um baú com todo o meu ganha-pão necessário ao período de vida que me encontro destinado a viver, mais a educação que me terá de ser incutida e precisa, juntamente aos momentos meritórios de todo o sucesso subsequente com os meus amigos, aí então, nesse especifico caso, pronto, lá ia eu apanhar o comboio para a montanha. Mas as coisas não são assim. Não há duendes ao fundo do arco-íris com um pote de outro. E muito dificilmente se constatará, que decerto haveriam coisas mais interessantes e devidas a fazer do que uma divagação extensiva sobre a vida. Mas repare-se, pelo menos não ando a roubar ou a violar a filha da vizinha que está gorda que nem um pote desde que pariu o primeiro. E se há coisa, que se deveria salvaguardar sobre mim, é este meu espírito: não fazer nada, sim senhor, mas com boa educação. Ser mal educado a não fazer nada é muito anti-ético, há que ser normal e viver a vida com um padrão que, à partida, já se encontra definido. Isso de ser diferente já passou de moda, o que interessa, agora, é o espírito de união para a mesma estrada. If I'm being ironic? Maybe. E caso faças anos hoje, os meus parabéns. E as maiores felicidades!

Divagações II

Vou-te violar com o meu intelectual metafísico

Há dias em que me coloco a pensar que, tipo, somos humanos né? e ó depois andamos na humanidade e tal e fazemos todas aquelas coisas, tipo, que se fazem, mas se fôssemos pessoas cães, tipo cães, não fazíamos o que é feito como fazemos, né? E isso custa-me a entrar, seria como não sermos quem somos, capichas? Capiche? E se formos quem éramos nunca chegardes a serem quem fostes, tás a ver? É tipo como, bué'da cenas, tipo, a cair, que se chamam neve, e quando a neve cai tudo fica diferente e não é igual, e se a gente fossemos como a neve seríamos assim, umas cenas todas caídas. E depois pa subir, era tar sempre a levantar o cu. Eu cá prefiro o elevador. Eu já disse ontem que não me achego a muita coisa e sou um adepto do 'que se lixe, na-vida-vai-se-vivendo-enquanto-se-ainda-existe', e são raras as crises de existência que se me vêm ao de cima, mas ó, então quando vêm, é logo, arrear de porrada comunicativa quem se me colocar sobre cima, metaforicamente falando; pois é, que isto fica-se-me aqui dentro no interior e ó depois pa vomitar vai tudo de uma vez! Também é verdade que arreio menos quando se m'apaixono, mas porra que toda a gente se me parece a mesma bulshit internáutica dos msn's e dos MOCHES na cultura, não encontro ninguém com espírito criativo porra! Se eu tivesse um irmão gémeo violava-o. Oh Mim, OHOO, Oh EU! Oh, ÉS TÃO BOM EU! Sou demasiado egocêntrico para o fazer. Nunca partilho nada com ninguém. A menos que venham de saia. Peladas. E não vejam TVI. Detesto sensacionalismo generalista. *

Franjinha à Justin Bieber no Halloween

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
O Saw3D estreia a 11 de Novembro
AHHHHHHHHHHHHHHHH!


Ando num estado sádico-bimbo mentalmente distorcido em que ver um corpo a ser desmenbrado não me enoja absolutamente nada. E não se pode ver a saga com a minha mãe, que eu bem que comprei os seis filmes e tive de levar com ela a dizer ah filho, vira os olhos, ah, como consegues ver isso!, ai jesus!, e eu Epá, está aqui um homem a ser todo distorcido e tu a estragares o momento porra!!! Se eu podia viver sem o Jigsaw? Poder podia. Mas não quero. E não seria a mesma coisa pronto. Mas depois tenho aquela personalidade deveras ultra fofa tipo Power Puff Girls e tal, paz-e-o-camandro-e-não-às-drogas-morte-aos-caracóis-palitos-pra-toda-a-gente, e não me importaria nada de pagar bilhete à Miss Rita, só e exclusivamente, porque a moça não quer. Mais sobrava. Via 2 vezes! O Saw são os meus Morangos com Açucar só que com aquela pequeníssima e importante diferença que é o ser cativante e apreciável. E não há cá desculpas... os homens não têm aquela preciosa e significante coisa que se chama útero e que faz, após o rompimento de alguns vasos sanguíneos, expelir alguns fragmentos do endométrio, num ciclo de vinto e oito dias, que dá nome a um processo designadamente mencionado como menstruação, satisfatoriamente usado como disfarce de fuga a situações pouco apetecíveis num determinado momento ao género feminino. Por essa mesma razão, a classe masculina torna-se determinadamente mais forte e frontal, e se ela pede para massajar os pés, não há cá desculpas, epá não me apetece. Não há cá períodos, é logo. De modos que, a verdade, é que dia 11 de Novembro não estarei menstruado. Era aí que eu queria chegar. Se Deus, como quem diz da boca pra fora, se aquele animal lá dos céus quiser, estarei sentado lá numa dita cuja cadeira de um cinema perto de mim. E porventura até pregue um susto a uma possível moçoila que estiver sentada ao meu lado e, num momento de suspense, lhe dê um abanão. Só naquela. O meu medo, inconsciente e improvável, é o de me vir à mente uma cena do Scary Movie, em que aquele sujeito da máscara está numa sala cheia, onde se exibe um filme de terror, e o malandro mete-se a matar as pessoas! Ora, penso eu, na minha mente retorcida, que não haverá cenário mais ideal que esse para efectuar essa determinada acção que é o andar à facada. O facto de estrear em Portugal a um 11/11 também é relativamente deveras sedutor e temoroso ao mesmo tempo. Mas antes isso que ver o novo clip do Justin Bieber. Exacto.

BlogdoMês/Jenesaispasparlerfrancais


No dia 18 de Maio celebra-se o nascimento do futebolista português Ricardo Carvalho e do guarda-redes portista Helton, falecendo o humorista brasileiro Ricardo Barbosa. Nesta data, também, se comemora o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. E é criado o blog Batata Frita, um livro aberto de uma moça da geração de '90. Hoje, Miss Batata Frita, adoça-nos com um pouco das suas palavras, na rubrica Blog Do Mês.

Nome do Blog: O Blogue da Batata Frita
Criação: 18 de Maio de 2010
Autor: Batata Frita
Endereço web:
jenesaispasparlerfrancais.blogspot.com


Obrigado cara Batata, por participares nesta rubrica,
é meu costume comê-las com Ketchup, mas fica ao
critério de cada um comer-te agora com os olhos!!!