Aqui jaz um ponto final

O Alberto, esperto, decerto saberia à priori o que iria suceder antes de ter ocorrido. E não é que ela veio morder o pão com os dentes? Que bela dentuça, e de blusa, vejam só! De vez em quando está bem, mas todas as semanas é mais abusivo que um pedófilo hiperativo. Há que ter na calma um certo despropósito, não vamos aqui todos juntos embebedar-mo-nos, senão depois quem é que conduz? Há que sermos uns para os outros, como num menáge à trois. Então, quando o sorrateiro do Alberto chegou a casa já passava da meia-noite e cheirava a álcool que era uma coisa doida de deixar um maluco maluco. A mulher disse cabrão!, ele não mediu as consequências e matou-lhe. Mas ficou tão morta mas tão morta que parecia viva mesmo. E quando bateram à porta e era a polícia, hmm hmm que delícia de morta, eram  polícias canibais. O Alberto vomitou tanto, mas tanto, que entretanto vomitava já por repudiar o vómito, por enjoar do vómito, que era tanto o vómito que a polícia canibal vomitou também. E só não vomitou a morta porque, enfim, não podia. Vieram os cães polícia, levaram os ossos, e quando o Alberto voltou a ver a mulher já só restava o buço dela que era enorme, porque houve quem a tivesse comido e quem lhe tivesse levado os ossos. Ele pegou no buço, fez uma tapeçaria com ele e colocou na parede do quarto. É um romântico este Alberto, esperto, decerto saberia à priori o que iria suceder antes de ter ocorrido.