A crise é tipo... bué. E é difícil a surpresa enregelada nos rosto dos fregueses que vislumbram o destaque de uma violação no Correio da Manhã, o vislumbre de surpresa num bom roubo de cuecas anãs meio cagadas da loja de lingerie, ou um incesto familiar entre parentes. Já não se saboreiam crimes como antigamente. Os larápios aumentam a um ritmo constantemente elevado para cima, e uma boa notícia de cadáveres mortos choca menos que uma galinha transexual. A arte de ser artista tem os seus dias contados. Com este negócio desleal na arte da vigarice só me resta assentar. Não sujarei mais minhas mãos de sangue ressequido, não assassinarei mais seres vivos. Vou procurar outras coisas para matar o tempo... origami de papel, quiçá.