Na nossa profissão acendemos uma vela num quarto escuro e é ali o futuro. É uma luz, uma ideia, um sinal, qualquer coisa, é ali e é isso. Na nossa profissão estimamos o tempo como um leproso com dores na coluna, esfregamos e cuidamos da ideia, é só isso, a ideia da imagem. A luz é um rastilho onde a sombra assombra, onde a morte é aquela e adormecemos com esperança. Na nossa profissão procuramos estabilização. Temos o cargo de renascer. Na nossa profissão a morte é a solidão do corpo quando este acaba de chorar.