Ambos nós os dois sabemos que não vamos juntos.
Nem ao Oceanário comer sopa de peixe, nem partilhar piadas anetodicamente
engraçadas, nem visitar o museu de vulvas sistematicamente ensanguentadas
onde há excrementos de velha em cima de caracóis desdentados e menstruadas
com sangue na orelha. Sim, ambos nós os dois sabemos que não vamos juntos à galeria de vaginas emancipadas que engrossam pénis pré-laborais com tendências masturbadoras. Tudo isso porque já não sou o menino adormecido no fundo dos teus olhos. Já não sou nada no fundo dos teus olhos. Já não meto nada no fundo dos teus olhos. Felicita-me com o teu orifício anal, porque eu estou teso de pobreza para gastar dinheiro contigo. Vou deixar essa tua carne e tornar-me num crocodilo vegetariano que não come carnívoros, vou dedicar-me à arte do vegetarianismo e deixar de pensar nessas tuas calças onde há florestas sem tomates, se eu te visse aqui e agora e soubesse que não tinhas roupa tirava-te essas cuecas à dentada. No início não tínhamos meios para chegar ao fim, mas amor, creio que chegou a hora da despedida. Despedir-me-ei de ti da minha janela do 5º andar, e tu aí em baixo na rua, porque de longe pareces mais magra e eu só quero ficar com boas recordações de ti. Cantai aos quatro cantos que estais vaginalmente livre, mas eu sempre saberei que, no fundo, esse teu coração continuará sempre preso à minha memória. Um peso que não te ficará nada bem, porque em negrito ficas mais gorda. Continuando assim tão prestável arriscas-te a ser violada por violadores com ejaculação precoce ou a protagonizar a 7ª temporada de um assassino em série. Hás-de ficar desmembrada em pedaços, descoberta por um chefe de polícia honesto que muito suará para entender que afinal és só uma. Tu, aquele ciclista que fracturou um braço e o mudo bem educado que nunca proferiu uma asneira, irão para sempre ficar na minha consideração. E deus, esse, que dá na virgem como um leão, decerto partilhará da minha conceção de que às vezes pareces que pareces às vezes. E colocando de parte essa tua hepatite Z, em estado tão avançado, e aquelas doces memórias em que te me deixavas hirto e grosso tipo Lenine, em tardes de verão cheias de Sol quente que aquecia, futuramente espero regressar aqui e ir de novo recto às tuas curvas. De agora adiante curarei o teu abandono como um bêbado que ingere líquidos, uma galinha com pena suspensa, um ladrão de sentenças de morte. E por mais longe que estejamos, eu ver-te-ei sempre: não há sociedade de obesos anónimos, porque todos nós sabemos que ocupam espaço. Agora, corre, cadela com cio, corre!
Late orgasmicamente de enrrabamento!