adivinhei-te no banheiro comigo, aquele banheiro vertical onde se toma duche e que deve ter um nome referente que não me recordo agora. recomeçando. adivinhei-te no teu *palavra que não me recordo* comigo, aquele que tens ao lado da sanita que em mijadelas já me inspirei em pressionar a mangueira com as minhas mãos. espera, isto não faz sentido, vou recomeçar novamente: adivinhei-te no teu duche comigo, aquele que tens no canto da tua casa-de-banho ao lado da retrete. fechei os olhos na paciência da tarde causadora de olheiras mais extensas pelo breve sono matinal dormido e sei, recordo-me, que o meu orgão peniano estava em ângulo recto, proporcionalmente bem localizado ao teu buraco anal. algo que me agradou, confesso, vires ao meu inconsciente sem pedir licença e ficares assim, nua, de costas para mim, quando o meu desejo é mesmo vilipendiar-te, mas com ternura; talvez violar-te, mas isso não teria sentido, apareceres assim, deixares que esteja mais tesudo que uma marmota tesuda congelada sempre com o pirilau congelado em posição de foda, deixares estar-me assim a teu lado só pede mesmo que te trate sem carinho. adivinhei-te, na ternura dos teus lábios meu músculo tenso, esse músculo clemaster que eu possuo por ser um ser do género masculino. e tudo começa com um bom banho, para ficarmos bem limpinhos no exterior e no interior: deixa que o meu bicinho seja a escova de dentes dos teus buracos, bocais, retais e vaginais, deixa que te permite jogar ao berlinde com a tua língua. tu sabes, isto é tudo um texto de merda, isto não interessa, cavemos um poço mais fundo que a profundidade vaginal e enterremos isto até mais não e sem orgasmos, não há orgasmos em funerais, mas porquê? porquê se é quando enterramos um nosso bem mais precioso o mais fundo possível? não deveriam entoar orgasmos simultâneos ao envés das monótonas tretas proferidas por um gajo com um terço que acredita que lá em cima há um ser todo poderoso que nos criou e nos protege e que, no fundo, é um nosso anjo da guarda, mas daqueles anões e com lepra, que não nos protegem de levar uma tareia de apalparmos o cu à namorada do António? Ah, não, mas isto é tudo muito bonito, sermos tão protegidos assim, estarmos como no topo de uma pirâmide, acima de todos os aliens e animais que são inconscientes mas que talvez tenham sentimentos e fodem mais do que nós, o que é triste, um caracol foder mais que nós, um animal que demora um caralhão de tempo a percorrer um quilómetro e que nem tem piroca visível ao olho humano. mas a sério, convida-me aí ao teu banheiro, ou banheira, ou lá como se chama essa merda vertical que alguém tomou a liberdade de criar para possibilitar um melhor acesso e facilidade à concretização de um duche, e vamos suar conjuntamente diante das partículas de água que caiem dessa mangueira que deita água para cima de nós. depois, quando nos secarmos, podemos trocar uns beijos, é sempre querido, ou então vamos matar alguém, o que é sempre um acto de extremo agrado para libertar o nosso ódio. ao final da tarde, de mãos dadas no chafariz, depois de uma longa caminhada no parque, curvamo-nos ao mesmo tempo para beber aquela pequenina água que dança e chafurda as nossas bochechas rosadas, as tuas mais que as minhas porque és uma tipa tímida e isso dá gozo quando te possuo. assim, como animais dançantes, vamos andando, aqui e ali, umas vezes pensando com a cabeça, outras deixando a cabeça pensar por nós. ou em nós. em ti. deixá-la penetrada como um prego na parede, mas daqueles que tremem quando há furacões ou tornados que têm sempre nome de mulher. porque toda a mulher é fudida.