Se tudo o que penso, se tudo o que faço, se tudo o que quero fazer
fosse um ser de carne e osso como eu,
capaz de tomar decisões e fraquejar
e de libertar todos os puns que eu, ontem na cama, libertei;
Se tudo isso fosse passível de deliberação,
com seu próprio ritmo de armazenamento de ideias,
introspectivas, interpretativas, inquietantes;
Se o sol, ao nascer, produzisse nesses mecanismos de dança,
uma invariável capacidade de mistério e dúvida reticente,
se os ossos se misturassem com os músculos, o sangue e,
quiçá, se ocorresse uma queda, jorrasse
sangue, cuspo, lágrima e suor;
Se tudo isso tivesse o seu próprio ritmo de sobrevivência e decisão,
seria eu capaz de me auto promover a decisor de consequências?
ou ser-me-ia imposto o selo de mero observador?
Se.