Suicídio em massa num campo de arroz

No outro dia estava a olhar para um homem de muletas que subia por uma escada rolante e comecei a filosofar. Eu, com duas pernas boas, a filosofar sobre homens de muletas que sobem escadas rolantes e me deixam cá em baixo. Depois fui comprar uma sandes mista que só tinha fiambre e esqueci-me disso. 2º semestre, aniversário, pessoas que conheço e desconheço e o meu regresso à senhora FLUL - a minha confiança é como os sucessos do sporting: tem limites, e grandes. Estou realmente descontente por me ver obrigado a mudar de turma de Espanhol, porque tenho aulas sobrepostas. E se o leitor ficou com fome ao ler o título não se preocupe. Não deve ser isso que o torna psicopata. Ou será?

E o leproso estava caidinho por ela...

Acabado de ler o caderno6 de Gonçalo M. Tavares, intitulado O Senhor Henri, em 45 minutos e em alta voz para as paredes brancas desta casa, notei a minha particularidade em entoar os 's' e os 'ch', relendo palavras como 'absinto', 'essenciais' e 'despensa' ao longa desta obra. De facto, quando profiro palavras com essas consoantes, tenho alguma dificuldade em me fazer ouvir, e a verdade é que, por vezes, pareço mais um estrangeiro que um português ao dizer palavras como 'necessidade' o que, por um lado, se torna necessariamente prejudicial a quem se quer fazer ouvir, mas, por outro, talvez tenda a elevar a minha capacidade cultural na medida em que me torna um embuste de um estrangeiro com talento em estabelecer conversações na língua portuguesa. Neste caso, e em casos idênticos, há que procurar as vantagens de uma desvantagem que nos assole... relembro, agora, um caso em que estive diante de uma jovem universitária de 18 anos que tinha tomado umas coisas estranhas, falando desta minha capacidade linguística, e de eu ter dito 'salsicha' e a jovem começar um riso louco e desmedido, que ateou a chama para conversas mais sérias. Fiquei particularmente estupefacto como basta somente um charro e a entoação de uma palavra que assinala um enchido de pequeno diâmetro, geralmente preparado com carne de porco, temperada com sal e outros condimentos, envolvida em tripa ou invólucro sintético, para animar tanto uma pessoa. Sim. Disseram-me também, recentemente, que não entendem porque motivo retirei os comentários deste tão estimado estabelecimento bloguístico. Bem... às duas pessoas que directamente me abordaram com esse facto notório, eu respondo: retirei os comentários do blog, primeiro porque posso, segundo porque quis, e terceiro porque me foi feita a vontade por mim mesmo. Contudo, reflectindo e divagando e após um breve período de reflexão e divagação enquanto reflectia e divagava, e para fazer a vontade a essas duas famílias que tanto mostraram preocupação relativamente à qualidade de debate de ideias muitas vezes expressa a partir das caixas de comentários por visitantes modestos e coscuvilheiros, esta publicação ficará assente com essa particularidade de análise, podendo comentar quem lhe estiver imposta a vontade, seja feita a sua vontade, tanto na terra como no céu, amén nosso senhor Jesus Cristo, Glória a deus nas alturas, avé Maria cheia de Graça. Porque, se dizem que eu não passo cartão a quem me dá recomendações, é mentira... estão, de certo modo, a meter palavras na minha boca. ***** («««CLICA ALI!)

Cortar o Pénis com um X-Acto

Amputação. Incesto. Pedofilia. Malato. Homicídio.
São tudo palavras muito fortes e cruéis que nos podem causar
bastante compaixão para com as vítimas. Mas deixemos isso:
ontem vi a cara do Rui Santos na Tv e apeteceu-me fazer uma
lista breve de pessoas de quem eu não gosto. Cá vai:
Rui Santos, Conceição Lino, a Família Carreira, a Família Moniz, a Família Jardim,
a Família Grafstein, a família Pinheiro, a Família Malhoa, aquele gajo que aparece
nos anúncios do Pingo Doce e que é um actor da TVI, o Leandro, Miguel Sousa
Tavares, o Pedro Mota, a Maya, a Maya, a Maya outra vez, Miguel Veloso, Vítor
Espadinha, todas as pessoas que não gostam de B Fachada, e todos os actores
dos Morangos com Açúcar menos a Júlia Belard porque é boa.
*

O rebento de soja que queria andar em motorizada mas só tinha carta de pesados

O que aprecio mais neste programa são as pernas da Rita Rodrigues. Boa apresentadora, indeed. Custa-me ser fiel, porém, a crenças de espiritismo: a seguir à designação de 'grande' àquele clubezeco chamado Sporting, a clarividência é algo que mexe muito comigo. Confesso que já efectuei alguns exercícios básicos, com elos à meditação, que obtiveram resultados interessantes. Mas crêr na vida após a morte, na comunicação da alma em espíritos voadores, e num hipotético campeonato para os lagartos é algo muito difícil para mim. Mas acredito fielmente em Jesus. 4-1 ao Setúbal!

Can I Put My Thing In Your Open Space?

Estou a pensar se este eu que eu sou é o melhor eu com que eu consiga ser. Do you understand? Por vezes me pergunto se vale a pena questionar a vida. E chego à conclusão de que não sei. De que vale questionar a vida se não se encontram respostas? E porque fazer questões sobre o porquê de não se encontrarem respostas se não se vão encontrar respostas? E se Deus está em todo o lado, mas eu não quero que ele me veja a pilinha? E se o mundo fosse mais civilizado e não houvessem tantos carros em cima dos passeios e eu não tivesse de andar na estrada sujeito a ser atropelado? Se toda a gente fosse mais como eu eu seria mais simpático com os outros. Eu dou-me muito bem comigo. Comigo e com quem me adora. Isso sim, eu entendo. ****

O pedreiro que não comia Sopa da Pedra

Defeitos? Eu? O meu defeito é ser muito bom com as pessoas. Já houve quem me recomendasse não ser tão prestável. Aquela tipa, sempre a chatear com merdas da FLUL, sempre a chatear mas só para seu proveito. Quando estou à beira dela nem Bom Dia. Urso sou eu em dar o meu número a tudo o que não tem pénis. Deixa de mandar SMS pá, deixa de me chatear a cabeça! Nem me trata pelo nome ou o caralho... nem 1 Olá? Pá, ignoro. Ide ao Caralhovesky... *****

Mota Amaral na moita apanhando amoras

Não gosto de conhecer as feições dos autores cujos livros eu leio. Não faço a mínima como é a cara do Gonçalo M. Tavares e não tenciono saber. Já li duas obras dessa pessoa e adoro-a, já me chega. Quando vi a cara do José Luís Peixoto estranhei, esperava outra coisa. O próprio Jeff Abbott tem uma cara de pessoa muito estudiosa e betinha para ter escrito o Pânico, o Confia Em Mim, o Medo e o Colisão que já os li. Não sei, talvez eu seja idiota por chegar a este ponto de comparar a cara das pessoas com o seu modo de escrita, mas daria tudo para não conhecer a cara feia do Miguel Sousa Tavares. E a escrita feia. E as críticas feias. Não fosse o homem ser filho de quem é e não lhe dava crédito nenhum. Sim, não gosto dele. ***

Yo creo en Jesús de rojo

Hoje dei 1 salto à FNAC do Colombo e não vi lá a velha diabética que costuma estar sentada nas escadas do Metro do Colégio-Militar a pedir esmola. Se calhar morreu. Nunca lhe dei um tostão. Preciso de dinheiro para comprar os meus chocolates. O mundo dos vícios controla-nos. E chato chato é um anão, que é só metade, ter de cortar (ainda mais!) em cigarros e bebida para ter boa saúde. *****
(Durante os próximos dias serão publicados ordenadamente 4 vídeos com textos da minha autoria, inseridos na temática tempo. Esta abordagem culminará na publicação do trabalho Efervescência. Deixo, desde já, o meu muito obrigado a todos os intervenientes no projecto.)

Anti Biótico por blogdootario, para Fábrica de Letras e Palavras

Análise de 2011, balanço de 2012 e desejos para 2053


Hoje vou comer feijão frade com atum sem atum, e vou meter pêra cortada e misturar com o feijão, porque ando numa de vegetarianismo e já não como coisas que tiveram pais. Também ando a pensar em correr, mas isso é muito cansativo para mim. Já o andar é-me bastante incomodativo, eu não corro para lado nenhum. Fico-me pelo vegetarianismo: ainda não comi carne em 2012. E não vou ao Facebook há três horas e vinte e um minutos. O que é bastante positivo para quem estava sempre lá metido a fazer não sei o quê. Isto tudo talvez queria afirmar que 2012 é um ano de mudança, ou se calhar não e eu estou em fase de negação. Não, não estou. 2012 é um ano de mudança: ontem mudei os lençóis do quarto, eu, eu que nem costumo fazer a cama. Também vou entregar o papel de inscrição para trabalhar no Pingo Doce, já que esta ursa não me responde. Talvez em 2053, quando tiver 67 anos, duas hérnias, e uma cambada de netos ranhosos a partirem-me as molduras compradas nos chineses com o meu dinheiro de reformado de quem nunca fez nada na vida, talvez aí, olhe para trás e relembre que houve uma altura em que, afinal, fui um rapaz determinado.

schwarzenegger num volkswagen com o wolfswinkel

Two Tousand and motherfucking twelve da shit!

Como vos corre o novo ano meus filhos? 
Cá o Otário terminou 2011 a ver Nightmare in Elm Street (os 7 originais, Freddy vs Jason e o novo de 2010) e começou 2012 numa onda vegetariana. Mas uma onda pequenina, mal se nota, parece aqueles peidinhos que as crianças dão no banho e aparecem aquelas bolinhas na água pequenininhas. Sim, estou a procurar diminuir o meu consumo de carne, mas sou um nabo a comer vegetais (ah!). Não tenho tomates para isso (ah! ah!). Two tousand and twelve, doudecim milia, et otariuns uno, o ano do fim, ai meu deus, que vamos todos falecer de morte matada! Ai, eu não quero, eu vou emigrar. Ou então não sei. Há dias em que tenho vontade de me reencarnar em imbecis só para me suicidar. Ano Novo, Vida Nova. Sapatos sujos e usados, Deborah Secco a fazer de Bruna a Surfistinha. Não sei quem puta é o Marcus Baldini mas já gosto dele. Tal como gosto de vocês. E da minha irmã. E de mim. Bom ano porra!!!!!!