how was your Christmas your Motherfuckid?

Via Email
Para: Tia Linda
De: Otario Tevez
17-12-2010
Assunto: Carta de Boas Novas

Querida Tia, não pude deixar de reparar, que enviaste, uma vez mais, como costume
é nesta época natalícia, onde os dias são mais pequenos e frios como tudo, um postal
a desejar boas festas e bom ano novo, não fosses tu inteligente, usando o verdadeiro
termo da palavra e, sorrateiramente, fugindo de ironias, e unisses as duas celebrações
num só envelope. Já deves ter reparado, após acederes à tua caixa de correio, que, o
teu sobrinho, nada mudou e, não sendo este ano excepção, te escreve votos de Bom
Ano 2011 e desejos de saúde e empenho, via email, ora, por ser este um meio mais
fácil e rápido de usufruir desta coisa das comunicações a quem se encontra distante,
ora por ser este um meio gratuito em que o uso da carta e do selo lambido não
acarretam custos por desnecessários. Seja como for, isso fica ao critério de cada
interpretação e, como lá dizia o outro, como quem diz de quem não sabe quem disse
o que foi dito, o que conta, é a intenção. Intencionalmente, então, e não dando mais
voltas à reviravolta que varia até este preciso momento da minha comunicação
indirecta, venho, por este solene meio, apresentar os meus votos de Bom Ano 2011
e desejos de saúde e empenho, como já antes ficou escrito que o faria, ora aqui fica
feito, ninguém poderá revelar que não o fiz; a menos que seja alguém sorrateiro,
mentiroso, ou, que, por uma questão de esquecimento, no caso de possuir muito
trabalho entre mãos ou, quem sabe, desinteressado, alegue que este meu escrito
de boa fé, de facto, nunca existiu. Assim sendo, de qualquer jeito, e pedindo perdão
pelo já processual acto de minha divagação, são quatro os olhos que presenciam
a revelada existência do dito, os meus, ao escrevê-lo, os teus, minha tia, lendo-o,
tomando em consideração que nenhum de nós dois é vesgo, cego, ou, porventura,
possuí uma pala num dos olhos, por puro divertimento natalício, mesmo sendo que
nada tenha a haver uma coisa com ao outra, a pala, a meu ver, pertence aos
piratas, e, o Pai Natal, que conheça das histórias que me contaram em pequeno,
nunca sequestrou nenhum navio. Quer isto dizer, por outras palavras, quer isto
dizer, pelas mesmas palavras, aquelas todas que surgem no dicionário, mas, isso
sim, voltando ao busílis da questão, retornando ao porto de abrigo, e metendo os
pontos nos is, que, do fundo do meu coração vos elejo, entenda-se, vos, à tia
e relativa família próxima, vos elejo, como destinatários à minha expressa vontade
de felicidade bastante e estabilidade demais, que não falte nunca a paz, o pão,
habitação, saúde, educação, como bem expresso está nas letras de uma canção
de Sérgio Godinho, cantor português que nasci a ouvir e que ainda oiço quando o
tempo o permite, hoje, e de bom agrado, como sempre.

Saudações ternurentas,
Otario Tevez.

Via WebMessenger
17-12-2010

(...)
Otario Tevez diz:
boas festas e saúde !!!!!
Tia Linda diz:
boas festas para ti também
olha obrigado por aquele email
Otario Tevez diz:
ah
Tia Linda diz:
foi mesmo bom
Otario Tevez diz:
espero nao ter maçado muito haah
ah fico contente então
Tia Linda diz:
nada, alegrou-me o dia
BEIJOCAS A TODOS
*

フェリズナタール (Feliz Natal Porra!)


Sabe, o caro leitor, que dispensa do seu precioso tempo natalício, a fim de se encontrar a par de novidades recentes neste recanto quando, bem poderia, neste preciso momento, estar comendo umas castanhas ou, porventura, quem sabe, bebendo um licor junto de uma lareira aquecida, nesta altura em que, provavelmente, goza de uns escassos dias em casa, por ser esta, então pois, uma altura propícia para tirar umas férias e estar ao lado da família, sabe, o caro leitor, que dispensa do seu precioso tempo natalício, o que pensa esta espécime rara, que sou eu, de Mariah Carey? E aí se resume todo o meu demais espírito natalício.


Porém, contudo, todavia, portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, 
ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme, à medida que, apesar de, e a fim de que, Feliz Natal, exclusivamente para todos os ceguitos, com uma especial dedicatória aos pequenos ceguitos, coitaditos, que, para além de não conseguirem ler estas palavras de bom agrado meu, não podem ver toda a atenção que se lhes é dada neste período, às criancinhas em geral, não fosse este um período do ano dedicado aos pequerruchos fofinhos, consumismo e sal e gorduras em excesso, nosso Senhor Jesus Cristo amén, purpurinas e confettis, uma preocupação que me acompanha desde o início do meu mandato eu chamei a atenção dos políticos portugueses para as desigualdades sociais para a pobreza e para a exclusão 
e lancei o roteiro da inclusão social manham manham bolo rei.
* 
|imagem Centro Comercial Parque|

E a vida é um frete de crianças birrentas

Estou para aqui a pensar na perplexidade das coisas, talvez usufruindo de mau grado o uso livre de meu tempo, que é, uma pessoa passa um período inicial da vida a construir um caminho, partilhando-o com outros prazeres secundários, e chega a uma idade em que a puta da consciência reclama o terreno! Esta pessoa então, outrora erradamente consciente de que o processo de acabamento da estrada ainda ia a moldes, quando já havia quem lhe construísse uma ponte por cima! U know what i mean? Que não damos valor às coisas até que elas se encontrem efectivamente terminadas. Nessa altura, a pessoa olha para trás e sussurra, como que para não ser ouvida por sábias aves de rapina, e testada pelo sentimento pessoal da vergonha que a pressiona: foda-se, podia ter feito melhor... . E nessa altura já a estrada 'tá atulhada de pássaros mortos estúpidos que se metem nos cabos de alta tensão e é nossa a merda que temos de limpar. Aqui eu pergunto, porque não se criam, antes, passeios, e se não fica na simplicidade das coisas... Comprendre? Comprends pas?
*

So Sexy It Hurts ♫


No frio eu fico mais bonito porque o castanho das minhas roupas de Inverno faz Pandan com os meus olhos.

E o Vasco tem o Esfíncter esmagado

E o Vasco tem as orelhas a arder, porque, a generalidade das pessoas,
curte ir de Bus pitar ao Mac. A generalidade das pessoas já não vai ao
MacDonalds do Centro Vasco da Gama comer, não, que ideia, mas,
isso sim, pitar ao Vasco. E se o Vasco fosse lá perto da malta, a
malta ia a penantes, já não necessitava de gastar guito na chanet
para ir ao Senhor Vasco. Quem ouve os adolescentes a combinar
o almoço, sem se encontrar a par deste sentido de originalidade falante,
decerto deverá pensar, e não censuro, que o Senhor Vasco já não
sofre de hemorroidal. O Senhor Vasco já tem o esfíncter esmagado.
Até o Vasco vai ao Vasco, o que é muito egocêntrico.
*

Um sítio / Para Fábrica de Letras

O desafio deste mês, da Fábrica de Letras, centra-se na demarcação de um objecto que guardamos religiosamente, alguém que amamos pelas mais variadas razões, um local que nunca esquecemos, seja numa viagem ou na infância, ou um acontecimento específico que nos tenha marcado. O Otário escolheu a 3ª temática. 

Este é o corredor da designada Rua Sésamo, local destinado à compra de edições Tv Guia Editora, onde, na minha criancice, minha mãe gastava as suas posses monetárias, a fim de me adquirir as mais recentes obras do Poupas, do Ferrão, do Gualter e companhia.Em frente, havia acesso ao parque da cidade, onde, eu, guardo a recordação de meu rabo queimado na chapa do escorrega, num dia imenso de calor; estima-se, e resguarda-se para a posterioridade, a história da minha choradeira derivada, só possível de comprovar pelo testemunho de meu pai como única presença familiar na ocasião. A lado do parque, recorde-se o campo de futebol onde eu brinquei pela antiga escola Básica. Tal corredor, outrora repleto de gente, daria entrada às demais lojas variadas, das quais me relembro, a qual me já referi, a da senhora das costuras onde minha mãe me comprava meias e cuecas, a da senhora do pão onde minha mãe me comprava Bollycaos, a do casal velhinho que me oferecia rebuçados e onde minha mãe me comprava amêndoas, a do café matutino com a companhia de Dona de Putchie onde minha mãe me comprava um Mil-Folhas, a da senhora simpática vendedora de bugigangas onde minha mãe me comprava livros de histórias infantis, a da loja de berlindes onde minha mãe me comprava berlindes. Hoje, o corredor mantêm-se, porém, não há mais senhora da Rua Sésamo, nem senhora das costuras, nem senhora do pão, nem casal velhinho, nem café matutino, nem senhora simpática, nem loja de berlindes; já não gosto de usar cuecas, já não gosto de comer Bollycaos, já não aprecio rebuçados, já cá não reside a Dona de Putchie, já não leio histórias infantis, já não sei jogar ao berlinde. O parque já não tem o escorrega, o campo já tem balizas. As lojas deram lugar a escritórios, os cafés deram lugar a escritórios. Resta somente este corredor, para me relembrar, que, antigamente, aqui existiu movimento, e era aqui o centro de tudo.

|The Specials - Ghost Town| *

Tens um Cu debaixo das Costas

Quando não tenho nada de fazer sento-me de frente à janela do meu quarto a mirar as pessoas nas varandas aqui de frente que me miram ao mirá-las, e as nossas vidas ficam ligadas por minutos; e eu olho pensando alto lá, aquele não estará a olhar para mim? e a outra pessoa mostra uma cara como se pensasse alto lá, aquele não estará a olhar para mim? e ambos sabemos que sim, mas ocupamos o nosso tempo a olhar-mo-nos para realmente remover a dúvida de que estamos a ser olhados. E a pessoa que passa pela rua e olha para nós a olhar uns para os outros fica com uma cara como que a pensar alto lá, aqueles não estarão a olhar para mim?. Não, não estamos senhora, você é que se colocou de frente à nossa perspectiva. E, de facto, você é bastante vaidosa, não será mesmo?

Aquele gajo é uma bosta de cavalo recalcada

Seu grandessíssimo monte de esterco! 
Seu pote de acumulação do pó da cremada velha feia e má que violou
a filha e matou o marido e depois enforcou-se  numa loja de conveniência
só naquela de dar um mau aspecto ao estabelecimento do pobre Zé que
mesmo depois de reformado tem de procurar ganhar algum para sustentar
a pobre da família que joga 2€ semanais no Euromilhões e nunca acerta em nada!
Sua poia malcheirosa dum rafeiro danado cagalhoso íman de melgas fedorentas!
Seu Descartes de meia-tigela homossexual homofóbico! Seu imbecil 
filho de uma mãe folgadeira de sábados à noite no 
Parque Eduardo VII! Seu Eduardo Bettencourt dos Monólogos 
da Vagina! Sua peste do séc. XXI HN1 da mediocridade 
reciprocamente cobarde! Seu fumador gordo de merda feio parvalhão!
Seu Don Ruan dos encontros internáuticos! Sua ave rara bicuda
mal-agradecida! Seu possuidor de dupla personalidade repleta 
de droga para mais de 4! Seu violador da boa-educação idiota
estúpido! Seu saudosista hitleriano anti-semita racisto-comunista 
fascista nitzschiano! Seu pombo coxo piolhoso da estação de
Entrecampos! Seu portador do Diabo pénis pequeno cornudo!
Sua aberração estereotipada falsa mentirosa palerma acanhado 
neto de um tio fanhoso por meios anti-naturais! Seu bicho do
mato sem mato para se esconder! Seu julgador de costas
repelente de mosquitos que arde! Sua dose de nestum já
duro que se come com um nó no estômago só porque é
caro e fica-se mal deitar dinheiro ao lixo! Seu serial-killer 
da frontalidade preferes atrás! Seu mal cheiroso insecticida 
da eticidade! Seu cu de Judas que pariu um rato!
Sua travesti abortada hermafrodita! Sua 
Cinderela dos testículos supostos! Seu bife mal passado
ensopado de sangue! Seu pedófilo das paciências alheias!
*
Pá... adoro-te!