O que me incomoda nos encontros familiares é mesmo a família. É a única vez num ano, ou pouco mais que isso, em que nos unimos todos para celebrar qualquer coisa. Há os tios, os avôs, os sobrinhos, os primos, os avôs dos tios, os tios dos pais e os primos em 2º ou 3º grau que aparecem de surpresa uma ou outra vez. É o momento ideal para pôr a conversa em dia e há sempre um azelha que não se esquece de colocar as questões essenciais: "Então, e garinas!?", "Que idade tens?", "Em que escola andas?", "Para que ano vais?".
A única diferença entre eles e um desconhecido, é que o último ainda me pergunta o nome.
Para evitar estas situações, o ideal seria criar uma agenda para que não se torne embaraçoso estar a reptir as mesmas questões em todos os encontros:
"--- Olá Luís, tás bom pá? Segundo os registos na minha agenda já vais fazer 18 anitos e segues para o 12º ano! Tás um Homem, hã!? Então e a Matilde, como é que vai?"
Seria muito mais fácil, partindo do princípio que, anualmente, ficarei sempre um ano mais velho.