'Não faças aos outros, o que não queres que os outros te façam a ti'

ou seja,

'Não me faças a mim, o que não gostas que eu te faça a ti'
Mas isso depende dos gostos de cada um.

Um masoquista, suponhamos, agride o sujeito B procurando prazer. Porém, o sujeito B não gostará, pois não faz parte da sua pessoa actuar nessas rotinas. Aqui, nunca se poderá utilizar este provérbio: o masoquista agrediu mas, se fosse agredido, decerto não se importaria. Mesmo que B nunca o fizesse.

Agora, imaginemos o mesmo sujeito (B) que, ao ser empurrado por C, cai em cima de A. Ele não pretendeu que isso tivesse acontecido, foi fruto do momento. Aqui, este sujeito fica em desvantagem: se o sujeito A não tiver apreciado o sucedido e, para se vingar, refazer a mesma situação no inverso (cair o sujeito A por cima do sujeito B), o sujeito B não apreciará ambas as quedas e, ao participar, nunca o fará de livre vontade. Mas a lei deste provérbio, aqui, já se poderá utilizar (mesmo que injustamente!). E o sujeito C, se actuar por rebeldia, será o único que apreciará ambos os momentos e não sofrerá qualquer dano.