Então,
até sempre,
até breve,
e façam o
favor de ser felizes...
(foto Diario de Noticias)

Quando tomei conhecimento da morte de Raul Solnado, na noite do dia 08 de Agosto de 2009, não senti pena nem dor. Senti uma brisa passar-me nas costas. Porque tal aconteceu, presumo: uma sensação de brevidade da vida a envolver-se em mim; Ou talvez uma corrente de ar vinda da porta aberta na garagem da minha tia, enquanto eu terminava o jantar.
Confesso que fiquei surpreso, porque desconhecia o seu estado de saúde débil, o seu 'coração por um fio'. Um 'fio' dos antigos, que foi perdendo corda pela sua utilização persistente, segundo a minha opinião. E os fios acabam-se sempre por patir, por mais extensos ou fortes que possam parecer. Poder-se-á afirmar que este fio ajudou no começo da alta costura do nosso humor, influenciando actuais e futuras gerações.

Quando Raul fazia rir eu não existia, porque minha mãe me pariu mais tarde. Só o youtube me mostrou os monólogos que fazia antes de eu nascer, na minha juventude. E quando eu vi, simpatizei e, até à data, não me deu razões para contrariar.
E como homenagem a um dos pioneiros do humor português, a minha tentativa de elaboração de um texto envolto no humor está aqui, hoje, presente.
Raul, como aos grandes homens são necessárias grandes palavras, deixo, em meu nome, um agradecimento, o grande,
Muito Obrigado!

OT