Estava eu, vindo de pôr o lixo, subindo o último rol de escadas de
corrimão de retorno ao prédio onde habilmente habito, e fico imobilizado,
por um daqueles pensamentos que ocasional e inconscientemente se têm,
na profunda e obscura mente tentada a camuflar, e tremendamente prendo
a minha mão esquerda ao corrimão lateral, agressiva e violentamente, pairando
na minha cabeça uma sensação de Ai meu deus, se eu falecesse perdia isto tudo,
uma coisa tão insignificante, veja-se a vaca da mente, um corrimão de escadas. Depois,
senti um frio no pescoço, normal, de um onze de Janeiro de 2011 por volta das 18:30, fechei
o casaco, e acelerei o passo a casa, não fosse eu me constipar, apanhar uma gripe, e aparentar
certamente já condições propícias a uma saúde débil.