Carta Excrementícia

....Prezados leitores que lêem as minhas leituras, serve este presente escrito para enunciar que vos escrevi. Não sei bem por onde começar, talvez pelo início. Estive a pensar e a repensar, enquanto repensava pensamentos,e coloquei a hipótese de abandonar o blog-do-otario e tornar-me somente otário, sem o blog. Mas tomei em consideração que as decisões que tomo na minha vida só têm resultado em shit. Optei, então, em começar a fazer o oposto de tudo o que tomo como opção na minha vida (e isto é verdade): a minha vontade vai contrariar o meu cérebro e as minhas mãos irão fazer tudo o que os meus braços recusarem. E vou deixar-me de dependências e tornar-me mais espirituoso numa de Buda e Jesus Cristo e não às armas e não matar mosquitos que também são vida e tudo isso. Quer isto então dizer que esta puta de blog não vai ser abandonada seus motherfuckids! Vou estar por cá até finais de Dezembro para, quando o mundo acabar, as pessoas dizerem que eu lutei até ao fim. E depois as pessoas morrem, o mundo acaba, a conexão da internet vai para o caralho e aí, sim, não haverá mais blog para ninguém. O mundo vai ser dominado por vampiros mexicanos que só podem comer sangue e tacos. A Salma Hayek a chupar pescoços de ratos de esgoto. E eu, tu, ele, nós, vós, eles, putrificados e podres, espalhados por ruelas e desmembrados em bocados e muito mortos, sem vida e só com ar de mortos. Rodeados de cheiros de picante e fritos que não conseguimos cheirar. 

Enquanto isso não acontece e eu ainda tiver sangue a correr-me nas veias, e força para calçar peúgas nas noites frias, vou procurar a motivação que me falta para aturar a minha mãe e para estudar e arranjar paciência para ser um gajo paciente.
Não sei com quem me dou, nem porque me dou, nem o que digo ou porque digo, quem sou eu, para onde vou, porque é que o Sá Pinto está no Sporting. Não sei como será o meu futuro, nem como estarei daqui a dez anos, não consigo associar nem uma imagem de como estarei ou onde estarei amanhã. Só sei que agora estou em frente a um computador enquanto poderia estar a fazer um filho a alguém ou a ler um bom livro. Mas que sirva esta Carta Excrementícia para vos elucidar que não sou um gajo lúcido. Mas há doenças piores que as doenças, há pessoas piores do que eu, há mortos a morrer e ainda respiro. Bendito deus!, que criaste o contraste e me fazes sentir que nem me posso sentir a pior pessoa do mundo.

Worten Sempre!