Escrevo aqui, hoje, indignado. Foi ontem, não mais que ontem (11 de Setembro), que, do meu quarto, vi um terceto de miúdos a brincar. Situação normal, pois a paisagem que dá para além da minha janela contém muito espaço verde e é a ideal para os mais novos.
Aqui, encontravam-se duas raparigas e um rapaz - sendo que, este último, com um balão em cada mão. As duas raparigas unem-se uma à outra e o rapaz fica de frente e eu, curioso, fiquei esperando a reacção que o rapaz teria e qual a sua ideia para abalar a sua fragilidade de relacionamento, que se notava à distância, entre os restantes elementos do grupo.

E eis que o rapaz, instantaneamente, tem uma ideia: observa as raparigas e os balões, ambos lado a lado um do outro e vice-versa, e profere as seguintes palavras:
- Vamos brincar ao 11 de Setembro! É aquilo dos atentados...
Relaciona as meninas com as torres gémeas e os balões, que segurava ainda, a aviões. Reduzindo a distância que o separava, corre intensamente com ambos os balões, e fá-los chocar directamente com as garotas.

E eu não suportei considerar aquele comportamento como normal.