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Olá,

 pessoa cujos olhos se inclinam para este conjunto de letras que formam aquela coisa a que Eugénio de Andrade se referia como 'um punhal, outras orvalho apenas', e que se chamam palavras. Tenho a dizer que não tenho rigorosamente nada a dizer, excepto o que possivelmente surgirá seguidamente ao ponto final deste presente período. Originalmente, possuía um tópico recente de discussão que, porventura, perdi o interesse em utilizar e que, por esse eventual motivo, e tomando em consideração a minha servidão face a mim, não o farei, por assim ser minha vontade. Seja, então, feita a sua vontade, tanto na Terra como no Céu, Glória a Deus, nosso pai, amén! Perdoai-me, meu senhor, por sofrer de paralisia ateísta e não crer em vós, ide pó caralhoviski, à'merde!
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Não me contento com absoluta e rigorosamente nada.
Sou uma espécie daqueles gatos sem pêlo, em que as pessoas se aproximam e pensam ahg, tá bem, nã tem pêlo, menos um defeito que o bicho pesa. Se eu me visse na rua iria possivelmente falar mal de mim nas minhas costas, Quero eu dizer, abre parênteses, se eu me cruzasse com outro alguém deveras semelhante a mim, iria falar mal dele atrás dele, sem segundas interpretações e salvo seja, fecha parênteses e continuando.
 

Os bebés fazem cócó e xixi na cueca e são apelidados de criaturas fofinhas, onde haja um
carrinho de criança no jardim, há sempre uma velha ao lado; a fazer caretas estúpidas,
 cutchie cutchie coiso e tal, e depois a falar do filho da filha, o neto da avô que é ela, a
dizer que ele é mais grande, só para se mostrar superior à
senhora jovem mãe que só procurava sossego num cantito de jardim para espairecer
um bocado e que agora se vê entalada numa conversa vulgar com uma velha que não
conhece e que, ainda por cima, e por baixo e por todo o lado, diz mais grande,
em vez de dizer maior. Mas as velhas são criaturas de Deus e também elas fazem cócó
na fralda. Aí fica o elo de ligação. Por mais que cheire bem, a vida é sempre uma merda.
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