Cócó Duro

Confesso que passei metade do 1º semestre à procura de uma rapariga. Conheci-a à beira da sala 2.12 onde iríamos ambos nós os dois fazermos prova de colocação de nível a uma língua. Ela estava perdida, como aluna de 1º ano, mas muito divertida, rimo-nos numa conversa animada de 20 minutos. Vanessa. Posteriormente ao exame, ela apressada, com a mãe, que não ficou propriamente agradada com a minha presença, sumiu, sem eu conseguir oportunidade de lhe pedir contacto. Percorri, nesse dia de inscrições, a faculdade inteira para a rever e não a encontrei. E não a voltei a ver na primeira semana de aulas, e a imagem da rapariga não me saia da cabeça. Exaustivamente arranjei meios de a reencontrar: com o conhecimento prévio do curso que ela frequentava, percorri o departamento específico e a associação de estudantes a fim de encontrar informação acerca das cadeiras de curso da rapariga. Depois, no horário online da faculdade, pesquisei supostos horários em que ela poderia estar colocada, com as respectivas salas. Cheguei a fazer esperas em escassas salas com o intuito de a rever. Confesso que estava sempre sentado perto à sala, com um jornal ou algo que pudesse indicar que estivesse distraído e encontrar a rapariga supostamente por acidente e depois dizer Ei, tu aqui? Que magnífica coincidência!. Nunca a vi à saída dessas salas, e ponderei se ela teria desistido. E desisti. A certa altura, simpatizei com uma minha colega, também Vanessa, também do mesmo curso, e cheguei a contar o sucedido, que tinha conhecido uma jovem e não a voltei a ver, e a pedir, caso a encontrasse nas cadeiras do seu curso para me informar. Assim mesmo, não a vi mais. Enfim, isto é somente um desabafo de um pseudo-nostálgico humanóide e o relato do seu inédito e único caso de procura de uma jovem pela pedagógica FLUL. O 2º semestre começará brevemente, veremos como será. 
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