O funeral do anão soberbo

E ela cospe-me na cara e diz que me ama, quando estou sozinho na cama. E ela entra de rompante, com o amante, e dá-me um tiro na nuca que me arrebenta com a peruca. E ela faz-me um dói dói com o saca-rolhas e eu fico com borbulhas. E ela faz cócó em cima de mim e, enfim, eu amo-a. Eu amo-a como uma sardinha ama a sua sardinha. Eu acarinho-a com as mãos e isso é amor. Eu gosto dela e da mãe dela e do cão dela e da sua forma feminina de ser mulher. Nós sermos perfeitos um para o outro. E isso deixa-me tão contente como um morto para o coveiro. E quando estamos a cavar batatas no quintal e eu lhe puxo o avental ela não leva a mal, porque ela sabe que estou só a brincar. E ela cheira a rosas do mar. E eu efectuo fornicações esporádicas com ela. Somos bué felizes dentro dos parâmetros normais.