Tu és uma galinha. Porque pões.
(E quem põe são as galinhas!)
Imagino o quão difícil possa ser a educação de uma criança.
Explicar de onde vêm os bebés, se trazidos do bico da cegonha ou do pipi (p/ os menores de 18), como mo diz minha mãe e eu tenho de confiar na minha mãe, já que não me recordo de ter sido parido.

Depois, a criança pergunta ao pai 'como se faz o amor'.
E o pai tem de improvisar:
- Ora, os papás têm um chip muito grande e as mamãs têm uma drive para os papás porem o chip. Quando os papás põem o chip na drive da mamã estamos a fazer o amor.
E a criança, decerto, insinua:
- Mas ó papá, quem põe são as galinhas. És uma galinha papá?
E o papá lá tem de voltar atrás e emendar que não 'põe', coloca.
E a criança lá vai dizer aos amigos que o papá coloca o seu chip grande na drive da mamã, e que essa fusão faz enviar uma mensagem em linguagem de cegonha solicitando o envio de uma criança que, inexplicavelmente, deve ter caído do céu.

E a criança lá dá graças a Deus por existirem cegonhas.


E a criança volta a colocar questões:
- Ó papá, porque é que a mamã tem maminhas tão grandes?
E o pai rosa e improvisa uma vez mais:
- Filho, lembras-te do papá ter contado que coloca o chip grande na drive da mamã? Pois bem, a mamã tem um mecanismo que, quando o papá coloca o chip, faz aumentar o tamanho das maminhas.

E a criança olha para a mãe e lá conclui, na sua inginuidade,
que o papá e a mamã fazem muito o amor.

Na adolescência alguém explica à criança que, afinal, a história é outra,
que ela saiu de um sítio muito sujo, toda suja, e a criança começa a olhar
o pai de esguelha e manda as chegonhas às urtigas.
E a criança começa a assistir aos MCA1572, para aliviar o trauma,
já que não tem ainda idade para se embebedar.

Até mais ver.

OT