Análise de 2011, balanço de 2012 e desejos para 2053


Hoje vou comer feijão frade com atum sem atum, e vou meter pêra cortada e misturar com o feijão, porque ando numa de vegetarianismo e já não como coisas que tiveram pais. Também ando a pensar em correr, mas isso é muito cansativo para mim. Já o andar é-me bastante incomodativo, eu não corro para lado nenhum. Fico-me pelo vegetarianismo: ainda não comi carne em 2012. E não vou ao Facebook há três horas e vinte e um minutos. O que é bastante positivo para quem estava sempre lá metido a fazer não sei o quê. Isto tudo talvez queria afirmar que 2012 é um ano de mudança, ou se calhar não e eu estou em fase de negação. Não, não estou. 2012 é um ano de mudança: ontem mudei os lençóis do quarto, eu, eu que nem costumo fazer a cama. Também vou entregar o papel de inscrição para trabalhar no Pingo Doce, já que esta ursa não me responde. Talvez em 2053, quando tiver 67 anos, duas hérnias, e uma cambada de netos ranhosos a partirem-me as molduras compradas nos chineses com o meu dinheiro de reformado de quem nunca fez nada na vida, talvez aí, olhe para trás e relembre que houve uma altura em que, afinal, fui um rapaz determinado.